Este sistema complexo formado pela cápsula, ligamentos e grupos musculares associado a fatores físico-quimicos permite estabilização da articulação a ponto que a mesma, consiga sustentar grande quantidade de peso e lançar objetos com amplo arco de movimento.
A lesão de uma dessas estruturas que compõe a articulação leva a instabilidade que pode ser dividida em 3 grupos: (1) as lesões traumáticas agudas, (2) por microtrauma, (3) atraumáticas.

A luxação provoca uma lesão muito grande de partes moles (ligamentos, cápsulas, tendões, etc), e por esse motivo existe risco de um novo episódio por um trauma menos intenso. A idade do paciente está relacionado com a recidiva da luxação. Alguns estudos observaram que 80% dos pacientes abaixo dos 20 anos tiveram nova lesão.
Os casos por microtrauma, ocorrem principalmente nos esportes em que se usa a "alavanca" do braço, como volei, handebol, beisebol, natação e outros. O uso intenso das estruturas estabilizadoras do ombro, produz lesões microtraumáticas, levando à deformação plástica progressiva das estruturas capsuloligamentares. Nesta situação o único sintoma do paciente é a dor, que pode ser confundida como decorrente a uma tendinite ou dor muscular, enquanto a causa é uma instabilidade articular.
Os casos de lesões atraumáticas estão relacionados com frouxidão ligamentar, característica inerente ao próprio paciente, cujo o tratamento inicial é clínico, mas também pode ser considerada a cirurgia em alguns casos.

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O primeiro envolve medidas analgésicas e anti-inflamatórias com o uso de medicamentos, imobilização e fisioterapia.
O tratamento cirúrgico apresenta excelentes resultados, principalmente nos casos traumáticos, e pode ser feito por via aberta ou mesmo pela artroscopia.
A indicação do melhor método cirúrgico envolve a idade do paciente, nível de atividade, número de luxações, alterações ósseas associadas ("desgaste do osso"), etc.
Dr. Marcos Paulo Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário