O circo é uma arte antiga descrita desde os chineses e gregos há mais de 4.000 anos. Ao falarmos em circo, o nosso primeiro pensamento está nos palhaços, acrobacias, malabares, contorção, etc, um verdadeiro espetáculo. Porém, por traz de tudo isso está muito treinamento, preparo físico, e consequentemente diversos benefícios ao corpo.
É um ótimo modo de ganho de força muscular, equilíbrio, alongamento e alívio do stress, e que hoje já está ao alcance de todos. Para aqueles que tem dificuldade de se acostumar em academia e querem manter a forma, o circo é uma boa opção. Entretanto, como qualquer atividade física, deve-se tomar cuidado com algumas lesões.
Historicamente a medicina sempre focou para lesões em esportes competitivos como futebol, volei, basketball, natação, mas, o meio circense também merece uma atenção especial, principalmente os acrobatas, cujas apresentações exigem elasticidade e força muscular do profissional.
Ian Shrier et al (2009), avaliou 1376 artistas do Cirque du Soleil em um período de quatro anos, e não foram observadas diferenças no número de lesões quanto ao sexo. Os acrobatas por exigirem mais do corpo, e pelos tipos de manobras eram os mais acometidos (1107), seguido pelos não acrobatas (162) e músicos (107). A topografia das lesões variaram com o tipo de atividade. A prevenção de lesões deve ser individualizada para cada atleta. No membro superior, o ombro foi responsável por 50% das lesões. Vale ressaltar, que a maioria das lesões eram leves e que não prejudicaram a performance desses atletas.
Apesar de não ter muitos dados na literatura, o circo é uma atividade segura, e deve ser feita sob orientação de profissionais bem preparados. Além disso, é uma atividade física bem variada, oferece bom condicionamento físico, e trabalha a mente por exigir muita concentração.
Dr. Marcos Paulo Pires
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