sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ruptura do Tendão Calcâneo (Aquiles)

O tendão calcâneo (Aquiles) é o mais espesso e resistente do corpo humano formado pela junção dos músculos gastrocnêmio e solear.
A ruptura desse tendão pode ser parcial ou completa e ocorre geralmente após arrancada para corrida.
É uma lesão grave que pode ocorrer em esportistas, sendo mais frequentes naqueles que praticam corrida, futebol e tênis.
Apesar de ser considerada uma lesão traumática pela tração abrupta do tendão, acredita-se que o atleta tenha alguma predisposição para a lesão.
Existem também as causas de ruptura espontânea como alguns processos inflamatórios e auto-imunes, infecções, medicações, etc.


O diagnóstico é clínico, em que o paciente relata como se tivesse sido atingido por uma “pedra” na região posterior da perna, associado a uma dificuldade de deambular, subir escadas, saltar, etc.
O exame complementar pode ser feito pela ultra-sonografia e ressonância magnética.
Apesar do exame de ultrassom ser de fácil realização, a ressonância demonstra maior precisão na identificação do tamanho da lesão e a presença de alterações degenerativas.
O tratamento pode ser conservador através de imobilização ou cirúrgico.
Algumas meta análises sugerem que o risco de re-ruptura do tendão pode ocorrer com mais frequência em pacientes tratados não cirurgicamente (12,6%) do que nos casos em que foram submetidos ao tratamento cirúrgico (3,5%).
As técnicas cirurgicas podem ser por métodos minimamente invasivos, por via percutânea, como via aberta por diversos tipos de suturas (“pontos”) e em alguns casos com a necessidade de reforço com outros tendões (plantar delgado, transferência do flexor longo do hálux, p.ex.).
A decisão do melhor tratamento está relacionado com a idade, nível de atividade do paciente, tempo de lesão (aguda ou crônica), retração dos tecidos, localização do rompimento, etc.
Nos casos de tratamento cirúrgico requer uma imobilização por um período de 3 a 4 semanas, podendo existir algumas variações de acordo com a gravidade da lesão, e assim iniciar o processo de reabilitação.

Dr. Marcos Paulo Pires

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